Ambiente
do Centro Espírita
As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos
cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis necessários aos
variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de
enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e à fé mesmo, a
oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais,
mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da
imortalidade a serviço da Terceira Revelação.
Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis,
hão de conservarem-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são
naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo,
se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as
suas profundas possibilidades.
Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da
Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembléias espíritas, onde jamais
deverão penetrar a frivolidade e a inconseqüência, a maledicência e a intriga,
o mercantilismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são
manifestações inferiores do caráter e da inconseqüência humana, cujo
magnetismo, para tais assembléias e, portanto, para a agremiação que tais coisas
permitem; atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que
virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los
ou impossibilita-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com
a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus freqüentadores, encarnados
ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de
aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades
e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em
vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças
telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de
cerimônias ou passa-tempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os
seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel
observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da
filosofia espírita, será detentor de confiança da Espiritualidade esclarecida,
a qual o levará à dependência de organizações modelares do Espaço,
realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão
os seus dirigentes dos dois planos da Vida.
Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas
beneficentes, ou Templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as
melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se
desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no
Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo
em horas de lazer.
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