quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O jardim da vida



A vida é um imenso jardim no qual cada um de nós semeia através de nossas próprias ações. Sendo assim, estejamos atentos a esta semeadura para que possamos distribuir e multiplicar os talentos(1) que o pai nos confiou. A semeadura é livre, porém, todos somos responsáveis pela colheita.
Aqueles que utilizaram dos seus talentos para semear(2) e propagar o bem colherá, em tempo certo, os frutos doces do amor, adquirindo forças para sua jornada. Mas, neste nosso campo fértil, nem sempre fazemos bom uso das nossas sementes, pois enterramos os nossos talentos nas algemas do orgulho e do egoísmo e estes se transformam em ervas daninhas que sufocam nossa vontade... E quais são os resultados desta colheita? Quedas e desvios de toda sorte. “Vigiai e orai, nos advertira Jesus” (3).
Mantenhamo-nos vigilantes em nossos campos! E nos momentos difíceis, elevemos nossos pensamentos em prece(4) carregando nossas usinas interiores geradoras de forças que irá nos elevar em sublimes pensamentos de paz e esperança, pois, quando a alma se eleva a esferas divinas, pouco a pouco vamos deixando de ser arrastados para os lamaçais das baixas vibrações.
Somos os trabalhadores da última hora(5) convocados a servir na vinha do senhor. Façamos, então, de nossos campos, verdadeiros mananciais de amor na certeza de que nossa colheita será farta e abençoada rendendo os frutos do evangelho de Jesus que deverá habitar na consciência dos homens de bem.

José Antonio da Cruz. Catanduva


Referências:
(1)E.S.E – Capitulo XVI, Item 6 - Parábola dos Talentos
(2)E.S.E – Capitulo XVII, Item 5 - Parábola do Semeador
(3)Novo Testamento, Mateus Cap. 26, v41 – Marcos Cap. 14, v38
(4)E.S.E – Capitulo XXVII, Item 6 – Eficácia da Prece
(5)E.S.E – Capitulo XX, Item 1 – Os Trabalhadores da Última Hora

O Jugo Leve


Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.
(Mateus,cap.XI, v.28,29 e 30 - ESE, capVI)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Momento de Vibração

Amigos,

A família Fé e Luz de Alagoinhas informa que todas as terças e sextas-feiras a partir das 17:00h, estamos realizando o Momento de Vibração. Aberto ao público e contamos com sua presenaça.

abraços,

Centro Espírita Fé e Luz de Alagoinhas

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Palavra de ordem é: PERDOAR


Quase sempre quando nos sentimos injuriados, nossa tendência é aumentar o fato que nos desagradou. Se fomos ofendidos por esse ou aquele motivo, quase sempre encapsulamos o desejo de desforra e mantemos o "link" mental com as forças poderosas das trevas, que somadas a outras tantas potencializam as sombras de nossos desagravos.

Diante disto , predominam os núcleos formados pelo egoísmo e pelas paixões primitivas, porque nossos corações são duros e cremos que estamos sempre com razão. E quanto mais arraigados nesta certeza, mais esforço será necessário para que despertemos para a real necessidade do perdão. Mister tentemos entender o que ocasionou a ofensa. Por vezes, fomos nós mesmos os promotores dela, por algo que tenhamos dito ou feito.

Há casos e casos. A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal atitude não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo , sem dúvida, ser manifestada para que o outro perceba as conseqüências de seus atos. Contudo, em várias ocasiões , por gostar muito de alguém , relevamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e perdoando quando caberia a repreensão e advertência obrigatória.

Até porque perdão não significa conivência com o erro. O bom senso sussurra que atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, subserviência ou omissão.

Perdoar coisas leves contra nós mesmos é relativamente fácil, porém quando se trata de algo mais sério como um assassinato, um estupro, uma infidelidade conjugal por exemplo, a dificuldade de superação da mágoa aumenta consideravelmente. Por isso que a Doutrina Espírita leva refletir, que o perdão será sempre o sentimento que nas superações pessoais transcendem ao próprio ser.

Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a um raio. Pode provocar danos graves. É inesperada. Mas o rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um pára-raio e evitemos os tóxicos deste sentimento negativo. No entanto, esquecer ofensa depende da nossa memória. Muita coisa queremos esquecer e simplesmente não esquecemos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da minha vontade. Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer. Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.

Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-nos no lugar do outro. O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação. São claras as palavras de Jesus no evangelho de Mateus: "Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam; ". Jesus trata de uma das mais complexas dificuldades do ser humano: perdoar a quem nos ofende.

Desenvolvemos muitas doenças por que não conseguimos perdoar, isto é, cristalizamos nas mágoas os processos de vindita através das idéias obsessivas, cujas causas deslocam-se do campo íntimo em desarmonia exteriorizando-se no somático. Em verdade os estados mentais enfermos serão invariavelmente refletidos no corpo físico através de variada sintomatologia seja no ódio, no rancor, resultando, por via de conseqüência, em nossa prisão a influências inferiores, engendrando uma cadeia mórbida de patologias devastadoras.

O espírito de Manoel P. Miranda diz que " o ódio é fruto do egoísmo, do personalismo magoado, e Kardec comenta no Evangelho segundo o Espiritismo que "O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima do mal que lhes quiseram fazer."

Pesquisas modernas indicam que o ato de perdoar pode aplacar a tensão, reduzir a pressão sanguínea e diminuir a taxa de batimentos cardíacos. Perdoar, portanto, não é somente uma questão de conquista emocional e espiritual, é também uma questão de saúde. O Evangelista Mateus narra a passagem em que Jesus disse: "Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: 'Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?' - Respondeu-lhe Jesus: 'Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes".

Não resta dúvida que aprendendo a perdoar, estaremos promovendo nosso crescimento espiritual. A condição do verdadeiro perdão é o esquecimento. Mas não podemos deixar-nos encharcar de hipocrisia ao ponto de dizermos que já conseguimos isso com todos os que nos ofendem.

É certo que para nossas aparências sociais "o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o Espírito Evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância. Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada de redenção".

O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo X dá a dimensão do perdão, na sua forma mais simples e mais agradável a Deus, levando-nos a refletir nas palavras do Mestre registradas por Mateus entre as Bem-Aventuranças: "Se perdoares aos homens as faltas que cometeram contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, si não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados". (8) Jesus, aconselhou amar os nossos inimigos no enfoque de não devolver com a mesma moeda aquilo que nos foi desferido. Oferecendo, porém, a outra face, a face do bem, pois assim cortar-se-ia pela raiz os sentimentos de vingança.

Cabe aqui um registro de grande importância é o exercício do perdão na intimidade familiar. Não podemos perder de vista a suprema necessidade do perdão em família. Precisamos muito mais do perdão, dentro de casa, que na ribalta social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir, que nas veredas ruidosa do mundo. E se Jesus nos ensinou perdoar setenta vezes sete aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aos amigos (familiares) que nos entretecem a alegria de viver dentro do ambiente doméstico?

Portanto, aconteça-nos o que acontecer, não cedamos, nunca, a pensamentos de rancor e de vingança; isto poria em ação forças destrutivas que, mais cedo ou mais tarde, reagiriam contra nós mesmos. Certamente, os agravos que nos façam não ficarão impunes, mas deixemos a cargo do Criador a justa correção.
Jorge Hessen

REFLEXÃO

Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire; mas colocam-na sobre um candeeiro, a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa.
(Mateus, cap. V, v.15 / ESE, cap.XXIV)

150 ANOS DO LIVRO DOS MÉDIUNS

O Livro dos Médiuns
ALLAN KARDEC
Espiritismo Experimental

Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Janeiro/1861